Neste último domingo que passou, houve uma celebração de 50 anos de casado de um casal da minha igreja. Durante o culto, meu pai (que é pastor) fez uma oração agradecendo as bençãos que o casal recebendo e renovando o pedido sobre as mesmas.
Cinquenta anos de casado. Isso sem contar os dias em que começou o interesse pelo outro, os chevecos, a conquista, o primeiro beijo, o rolo que virou o namoro, o noivado, e por aí vai. Diria que é batante tempo com a pessoa.
Tenho um exemplo vivo disso dentro da minha família, que são meus avós. São mais de 60 anos de casados. Quando vejo situações assim, começo a pensar nos dias de hoje e no tão falado "amor".
Com certeza o amor vai se modificando neste tempo todo de relacionamento. A paixão que vira amor, o amor que esfria, as crises que fortificam-no, e o mesmo vai trilhando o seu caminho. Porém, não consigo mais exerga-lo nos dias de hoje, onde tudo é rapido e passageiro. As pessoas fogem de relacionamentos mais sérios, ou se arriscam-se, no começo tudo é lindo, romântico, mas logo perde o seu colorido e as crises derrubam com certa facilidade o até aqui vivido. E o que mais me preocupa nisso tudo é o que vêm depois, a facilidade com que esquecem-se os parceiros antigos e segue-se rumo a novos namoros que começarão e terminarão em menos tempo ainda, e assim vai, um ciclo sem fim.
Vale salientar aqui a famosa frase "A fila anda", que agora já possui mudanças como "A fila não anda, voa". Aonde vamos parar?
Discursos sobre estar sozinho e sentir-se sozinho imperam nos dias atuais. Porquê? Qualquer semelhança é mera coincidência? Será? Deixamos de nos entregar totalmente com medo de nos machucarmos. Aprendemos tanto e criamos tantas defesas, que as mesmas acabam sendo nossas inimigas.
Antigamente o amor era diferente, mesmo com esse papo de que na época, o mesmo já era ideológico. Razões aqui, parecem não me faltar. Época, cultura... e por aí vai!
Como ter vontade de apaixonar-se, lutar por uma conquista, entregar-se de cabeça em algo que começo a não acreditar mais?
Peço ao último que sair, apagar as luzes e fechar a porta, por favor.
Thiago "Tôca" Santos
Cinquenta anos de casado. Isso sem contar os dias em que começou o interesse pelo outro, os chevecos, a conquista, o primeiro beijo, o rolo que virou o namoro, o noivado, e por aí vai. Diria que é batante tempo com a pessoa.
Tenho um exemplo vivo disso dentro da minha família, que são meus avós. São mais de 60 anos de casados. Quando vejo situações assim, começo a pensar nos dias de hoje e no tão falado "amor".
Com certeza o amor vai se modificando neste tempo todo de relacionamento. A paixão que vira amor, o amor que esfria, as crises que fortificam-no, e o mesmo vai trilhando o seu caminho. Porém, não consigo mais exerga-lo nos dias de hoje, onde tudo é rapido e passageiro. As pessoas fogem de relacionamentos mais sérios, ou se arriscam-se, no começo tudo é lindo, romântico, mas logo perde o seu colorido e as crises derrubam com certa facilidade o até aqui vivido. E o que mais me preocupa nisso tudo é o que vêm depois, a facilidade com que esquecem-se os parceiros antigos e segue-se rumo a novos namoros que começarão e terminarão em menos tempo ainda, e assim vai, um ciclo sem fim.
Vale salientar aqui a famosa frase "A fila anda", que agora já possui mudanças como "A fila não anda, voa". Aonde vamos parar?
Discursos sobre estar sozinho e sentir-se sozinho imperam nos dias atuais. Porquê? Qualquer semelhança é mera coincidência? Será? Deixamos de nos entregar totalmente com medo de nos machucarmos. Aprendemos tanto e criamos tantas defesas, que as mesmas acabam sendo nossas inimigas.
Antigamente o amor era diferente, mesmo com esse papo de que na época, o mesmo já era ideológico. Razões aqui, parecem não me faltar. Época, cultura... e por aí vai!
Como ter vontade de apaixonar-se, lutar por uma conquista, entregar-se de cabeça em algo que começo a não acreditar mais?
Peço ao último que sair, apagar as luzes e fechar a porta, por favor.
Thiago "Tôca" Santos
2 comentários:
Ow cara muito bom o que vc escreveu, realmente e muito dificil ter um espelho que nem o nosso que sao os nossos pais e avos!
BjuundA!
É triste saber que algumas pessoas fingem amar e não conseguem se entregar por inteiro. Talvez aquela típica frase 'que seja eterno enquanto dure' seja uma desculpa para não correrem o risco de se machucar. Mas elas se esquecem que o amor verdadeiro é eterno, dura para sempre... e fico feliz em saber que ainda existem pessoas que acreditam e sejam provas reais de 'Amores Inacabáveis'. Beeeijo Tôca.
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