O homem já se deixou tornar banal certos aspectos que acontecem na sociedade em que vive. Exemplos são o que não nos faltam. Pois bem, dentre eles está o assalto.
Esse que vos fala, já tem em seu currículo três assaltos. E ao falar isso eu sempre me indago se eu tenho cara de otário. Eu tenho? Quem sabe a reflexão seja melhor do que a resposta de bate-pronto, por favor.
No último domingo, fui ao Parque do Ibirapuera, fazer meu treino semanal para a São Silvestre que se aproxima. Ao final do percurso, dado o último pique, implorando por um disfibrilador ou mesmo um balão de oxigênio, dois rapazes, aproximadamente da minha idade e obviamente mais fortes, me cercaram e resolveram tomar algo meu. Com a voz tremendo e a perna não correspondendo mais aos pedidos de correr sem parar, disse que não me aproximaria deles e que já estava atrasado. Atrasado pra que? Eu não sei, mas eu estava.
A situação de tão ridícula, é difícil se fazer presente no pensamento. Assaltar alguém no Parque do Ibirapuera, com trocentos policiais, pessoas, cachorros e árvores, é um absurdo. E o pior, no momento em que eles me cercaram, uma menina passava ao meu lado tranquilamente e eles nem notaram.
É difícil admitir, mas guardadas as devidas proporções do acontecimento, vale perguntar: tenho ou não tenho cara de otário? Porque o porte fisíco, já dizia um amigo meu, parece de um "chaci de grillo" ou mesmo de uma "borboleta etíope".
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