segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Humanos, demasiadamente humanos...


"Ser palhaço é saber disfarçar a própria dor
É saber sempre esconder que também é sofredor
Porque se o palhaço está sofrendo ninguém deve perceber
Pois o palhaço nem tem o direito de sofrer"

---------------------------------------------------------------

Enfim, um ponto final. É bizarro essa situação que nos é colocada. Temos que nos sujeitar a compreender o que não é compreensível. Entender o sem sentido da vida e seguir em frente.

Você me encantou. Há anos não sentia o que senti. Você reavivou algo em mim que pensei que estivesse morto, mas o colocou em seu lugar de finado pouco tempo depois.

Estranho é pensar na ilusão que vivi. Se existem culpados ou não, difícil falar. Porém, não a livro da responsabilidade.

Difícil é pensar que com o ponto final, as histórias que eu gostaria de compartilhar, os momentos em que gostaria de estar, as risadas que faria você dar, são colocadas num plano finito e acabam, antes mesmo de eu experimentar.

Ser humano, demasiadamente humano, é estar sujeito há essas situações. É aprender que estamos aqui para dar afeto e nem sempre recebê-lo de volta.

O ponto final também nos tira da incerteza. No seu plano simbólico, nos ajuda a seguirmos em frente. Mas o sentimento, esse ele não consegue fazê-lo ausente.

Cada vez mais me sinto afastado de uma história, na qual o final pode ser feliz...

Caminho, sendo humano, demasiadamente humano. Colocando pontos finais e recomeçando tudo novo, de novo.


Thiago "Tôca" Santos

4 comentários:

Anônimo disse...

É engraçado como passamos por momentos dificeis, embora diferentes e ainda assim tão similares. Isso é meio confuso, mas acho que vc vai entender de alguma maneira. Que vida de merda. Que sentimento de falta cretino. Acho que não queria sentir essa falta. Pq nos colocam a falta? Falta pra quê? Maldito seja Freud que nos mostrou onde estava a falta e poder que esta tem!!!

Tôca disse...

E aí, Luiz! Acredito que por isso seja importante compartilhar as angústias com o próximo, pois a dor se assemelha em muitos aspectos tratando-se de nós humanos. A falta tem um poder devastador. Esse cretino de barba tinha total razão.

Unknown disse...

Excelente texto! Sei que muitos já refletiram coisa semelhante. Isso faz parte do Amor que, embora louvado como sublime e eterno - características dvinas -, dificilmente concilia, por ser humano, vontade e permanência. Nesse conflito, a desilusão consome o êxtase e nada sobra senão o cerne da Condição Humana.

Sobre dar sem receber, cito parte da oração do padre Francisco de Assis:
"Oh Mestre ! Faze com que eu procure menos
Ser consolado do que consolar,
Ser compreendido do que compreender,
Ser amado do que amar."

Tôca disse...

Obrigado pela visita e pelas palavras Fábio. Você complementou muito bem as idéias. Era bem por esse caminho que eu trilhava quando escrevia o texto. Abração!