O relógio acusava o começo do final do dia. O sol escondia-se, lentamente. Ele entrou em casa, bufando. O trânsito o castigara aquele dia. Ela encontrava-se no quarto. Encontraram-se, olharam-se, beijaram-se. Um assunto tranqüilo, de como havia sido o dia fez-se presente no ambiente. Ele reclamou do novo chefe. Ela reclamou do telefonema de sua mãe. Ambos riram da carta que receberam de um amigo de longa data. Lutando contra a preguiça, ele dirigiu-se ao banho, enquanto ela experimentava a nova blusa que ganhara na última semana. Ele gritou, reclamando do shampoo novo. Ela apenas riu, ignorando o comentário. O telefone tocou, era a sua mãe, pedindo desculpas pela última conversa. Passados alguns minutos, ele calçava os sapatos. Recebeu um abraço carinhoso pelas costas, seguido de doces palavras de como era boa a sua companhia. Um beijo. Um sorriso. Um olhar. Ela, por prevenção, já separara a chave e os documentos do carro. Conhecia o humor oscilante de seu companheiro. Ele a elogiou. Reclamou da nova cortina, mas isso seria assunto para mais tarde. Apressados saíram. Fecharam a porta. No ar deixaram apenas o cheiro de seus respectivos perfumes.
Thiago "Tôca" Santos
3 comentários:
Gostei do texto! Acho que no fim é isso que todo mundo quer, certo?
Alguém com q vc possa falar assuntos banais do dia-a-dia... Reclamar um pouco, sentir-se bem com a companhia...
Nunca assisti o filme que vc falou, lá, não. É fácil de achar pra alugar?
Beijão!
Valeu pelo comentário!
Hum ...
Acho q minhas inquietações sobre este texto estarão melhor expressas aqui abaixo:
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Oi Cáh! Era bem isso que gostaria de passar com o texto. Um recorte de um dia banal. Uma cena banal. Um acontecimento banal. Porém, único. Somente dos dois. Ter alguém com quem dividir. E por aí vai...
Diferente do Luiz, que não entendeu, obrigado pelo comentário!
Beijão para os dois!
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